Duas pesquisas esquentam a discussão sobre incrementar ou não a oferta proteica ao cardápio. O primeiro, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, aponta o lado positivo dessa estratégia: a proteína, de fato, aumenta a saciedade e evita ataques à geladeira à noite. "A digestão desse nutriente é mais difícil e lenta. Então, ele passa mais tempo no estômago", diz a nutricionista Marina Romanini, da Universidade Federal de São Paulo.
No entanto, o nutriente não escapa de acusações. Outro trabalho, este da Universidade de Aberdeen, na Escócia, sugere que os fãs de menus hiperproteicos correm maior risco de câncer no intestino. É que os mais fanáticos pelo ingrediente muitas vezes deixam de lado carboidratos e vegetais. "Aí a dieta se torna mais rica em gordura e fornece menos vitaminas e minerais, abrindo espaço para diversas doenças", concorda a nutricionista Rosana Maria Cardoso, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
Será que vale a pena, então, enfrentar esse risco com o intuito de emagrecer? Segundo os especialistas ouvidos por SAÚDE, a resposta é não. Para eles, a recomendação de ingestão diária preconizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já contempla a dose saudável e segura. "O ideal é consumir entre 0,8 e 1,2 grama de proteína por quilo de peso corporal todo dia", orienta a nutricionista Paula de Oliveira, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Uma pessoa de 60 quilos, por exemplo, deve comer cerca de 60 gramas por dia — e, pelas páginas desta reportagem, você terá bons exemplos de como suprir essa cota.
O QUE REALMENTE DIMINUI A VONTADE DE COMER Há anos a proteína carrega a fama de ser um nutriente pró-emagrecimento. E o trabalho americano reforça esse status. "Na absorção das proteínas, ocorre um aumento no gasto de energia corporal, maior do que o provocado por carboidratos e gorduras", afirma Paula. Se o organismo trabalha a mais, também torra calorias. O segredo da dieta hiperproteica, contudo, está ligado à redução dos carboidratos, o que propicia uma queima dos estoques de gordura. "Sem o excesso deles, essas reservas são destruídas", diz a nutricionista Livia Yokomizo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. "Além disso, a queima libera substâncias que atuam no sistema nervoso, aumentando a saciedade."
Apesar dessa vocação para promover sensação de barriga cheia, a dieta farta em proteína está saindo de moda. "Saciedade por saciedade, é preferível recorrer às fibras", dispara Marina. Essas substâncias fornecidas por frutas, verduras, legumes e cereais integrais também passam devagarinho pelo estômago e, mais do que isso, estabilizam o funcionamento do intestino, facilitando a tarefa de enxugar as medidas.
FONTE: Revista Saúde
Alimentação Saudável
Disciplina Nota: 10!
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Dois motivos para comer brócolis
Cortar o tumor pela raiz
Cientistas canadenses provam mais uma vez que essa hortaliça diminui o risco de câncer.
Em novos experimentos, notaram que o sulforafano, a substância que se mostrou capaz de conter o crescimento de tumores em geral, age logo na gênese da doença, inibindo justamente a proliferação de células defeituosas. O vegetal esbanja outros nutrientes que também atuam contra o mal — caso do ácido fólico, já citado em vários estudos. E ainda conta com ativos de nomes pouco apetitosos, como lembra a nutricionista Lara Natacci, de São Paulo. Entre eles estão os isotiocianatos, os flavonóides e os carotenóides, todos bastante festejados por serem guardiões das nossas células.
Afastar os efeitos do diabete
Estudiosos da Universidade de Warwick, na Inglaterra, verificaram em células humanas que moléculas presentes nessa verdura — mais uma vez com destaque para o sulforafano — protegem os vasos sangüíneos dos maus efeitos provocados pelo excesso de açúcar. “Estamos investigando a atuação de outras substâncias na prevenção de danos nos rins e na retina”, conta Paul Thornalley, líder do trabalho. Então, se você é diabético, sirva-se de brócolis cotidianamente e, claro, mantenha a glicemia em ordem, de preferência com o auxílio do especialista.
Cientistas canadenses provam mais uma vez que essa hortaliça diminui o risco de câncer.
Em novos experimentos, notaram que o sulforafano, a substância que se mostrou capaz de conter o crescimento de tumores em geral, age logo na gênese da doença, inibindo justamente a proliferação de células defeituosas. O vegetal esbanja outros nutrientes que também atuam contra o mal — caso do ácido fólico, já citado em vários estudos. E ainda conta com ativos de nomes pouco apetitosos, como lembra a nutricionista Lara Natacci, de São Paulo. Entre eles estão os isotiocianatos, os flavonóides e os carotenóides, todos bastante festejados por serem guardiões das nossas células.
Afastar os efeitos do diabete
Estudiosos da Universidade de Warwick, na Inglaterra, verificaram em células humanas que moléculas presentes nessa verdura — mais uma vez com destaque para o sulforafano — protegem os vasos sangüíneos dos maus efeitos provocados pelo excesso de açúcar. “Estamos investigando a atuação de outras substâncias na prevenção de danos nos rins e na retina”, conta Paul Thornalley, líder do trabalho. Então, se você é diabético, sirva-se de brócolis cotidianamente e, claro, mantenha a glicemia em ordem, de preferência com o auxílio do especialista.
FONTE: REVISTA SAÚDE
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Carne no prato, diabete à vista?
O risco de desenvolver a doença é ainda maior quando se opta por versões processadas, diz estudo americano. Ou seja, não é só nos doces que mora a ameaça.
De uns tempos pra cá, a carne vermelha é vista com desconfiança. E o pé atrás é compreensível:
estudos recentes indicam que abusar no consumo aumenta o risco de ter doenças cardiovasculares
e certos tipos de tumores. Agora, uma ampla pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, traz à tona uma nova e perigosa relação. Depois de acompanhar
mais de 200 mil pessoas por uma média de 20 anos, os cientistas concluíram que comer 100 gramas de carne vermelha por dia, o equivalente a um bife, oferece um risco 19% maior de desenvolver diabete do tipo 2. Para aqueles que preferem abocanhar 50 gramas de embutidos, como uma salsicha ou dois pedaços de bacon,
a história é mais desanimadora, já que o risco sobe para 51%.
"Uma das hipóteses para explicar o perigo representado pela carne vermelha é a presença de ferro do tipo heme. Ao que tudo indica, doses elevadas do mineral causam resistência à insulina", conta An Pan, líder do trabalho. Trocando em miúdos: quando o famoso hormônio que transporta a glicose para dentro das células tem dificuldade para exercer sua tarefa, o sangue fica lotado de açúcar e, com isso, o diabete dá as caras.
Outras teorias, vale ressaltar, não foram descartadas. Uma delas coloca a culpa na alta concentração de gordura saturada encontrada nos bifes. "Essa explicação é mais plausível. Afinal, já se sabe que exagerar nessa gordura cria um processo inflamatório no pâncreas, órgão que produz a insulina", avalia o endocrinologista Antônio Lerário, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.
No caso das versões processadas, há um agravante: elas são munidas de conservantes como nitratos e sal. An Pan explica: "Os nitratos são convertidos em nitrosaminas, substâncias consideradas tóxicas para as células beta do pâncreas, responsáveis por fabricar a insulina. Já o exagero no sódio do sal está associado à resistência ao hormônio".
A nutricionista Semíramis Domene, professora da Universidade Federal de São Paulo, na Baixada Santista, corrobora o conselho: "Ninguém precisa tirar a carne bovina da dieta, até porque o ferro heme é o mais bem aproveitado pelo corpo. Mas sua ingestão pode ficar restrita a duas ou três vezes na semana, sendo que a porção deve ter o tamanho de uma carta de baralho". Aqui é preciso salientar que estamos falando de adultos, já que as crianças, adolescentes e grávidas precisam de um aporte mais caprichado do mineral para afastar a possibilidade de ter anemia, um quadro bem sério e recorrente no Brasil. "Para esses grupos, indicamos o consumo diário, mas em quantidades moderadas, é claro", frisa Semíramis.
Ainda de acordo com a pesquisa de Harvard, quem substituiu a carne vermelha por grãos integrais, nozes ou alimentos com baixo teor de gordura afugentou o diabete. Portanto, nos dias em que topar seguir a sugestão dos especialistas e deixar o bife fora do prato, aposte nessas boas fontes de proteínas. Semíramis dá mais ideias: "No reino animal, a melhor opção são os peixes, sobretudo os magros. E os ovos estão liberados duas vezes por semana". Para abastecer o corpo de ferro, a sugestão é combinar leguminosas, como feijão, grãode- bico e soja, a reservas de vitamina C na mesma refeição. "Entre uma garfada e outra de arroz com feijão, beba suco de laranja, limão ou acerola", exemplifica a nutricionista. "Assim, o ferro de origem vegetal se torna mais solúvel e o organismo consegue aproveitá-lo com maior eficiência."
Troca-troca
Alguns alimentos podem suprir o rico conteúdo de proteínas e ferro da carne vermelha quando ela não entrar no menu. Veja:
Proteína
Aposte em peixes magros e misturas de cereais integrais com leguminosas, como arroz e feijão. O ovo tem sinal verde duas vezes por semana.
Ferro
Associe leguminosas a fontes de vitamina C na mesma refeição. Por exemplo: ao comer feijão, tome suco de laranja. Assim, o ferro de origem vegetal é mais bem absorvido pelo organismo.
Ainda de acordo com a pesquisa de Harvard, quem substituiu a carne vermelha por grãos integrais, nozes ou alimentos com baixo teor de gordura afugentou o diabete. Portanto, nos dias em que topar seguir a sugestão dos especialistas e deixar o bife fora do prato, aposte nessas boas fontes de proteínas. Semíramis dá mais ideias: "No reino animal, a melhor opção são os peixes, sobretudo os magros. E os ovos estão liberados duas vezes por semana". Para abastecer o corpo de ferro, a sugestão é combinar leguminosas, como feijão, grãode- bico e soja, a reservas de vitamina C na mesma refeição. "Entre uma garfada e outra de arroz com feijão, beba suco de laranja, limão ou acerola", exemplifica a nutricionista. "Assim, o ferro de origem vegetal se torna mais solúvel e o organismo consegue aproveitá-lo com maior eficiência."
Troca-troca
Alguns alimentos podem suprir o rico conteúdo de proteínas e ferro da carne vermelha quando ela não entrar no menu. Veja:
Proteína
Aposte em peixes magros e misturas de cereais integrais com leguminosas, como arroz e feijão. O ovo tem sinal verde duas vezes por semana.
Ferro
Associe leguminosas a fontes de vitamina C na mesma refeição. Por exemplo: ao comer feijão, tome suco de laranja. Assim, o ferro de origem vegetal é mais bem absorvido pelo organismo.
FONTE: Revista SAÚDE
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Diabetes e atividade física
Porque a atividade física é importante para o paciente diabético?
Resp: O paciente diabético tipo 2 ou não insulino dependente, tem como principal alteração no metabolismo a resistência insulínica, isto é, a insulina produzida pelo pâncreas desse paciente é incapaz de metabolizar a glicose de maneira adequada para sua subseqüente utilização como fonte de energia ou seu armazenamento. O principal local de gasto de energia no nosso corpo são os músculos, responsáveis por 30 a 70 % do gasto de energia do organismo.Com a prática de atividade física a utilização da glicose, açúcar, como fonte de energia passa a não ter uma dependência tão intensa da ação da insulina, tendo seu transporte para o interior das células musculares, para formação de energia, facilitada através de alterações que ocorrem no interior das células, secundárias a pratica de atividades físicas.Conseqüentemente quando retiramos a glicose da corrente sanguínea, reduzimos seus níveis circulantes, então melhorando o metabolismo da glicose. Alem disso também iremos ajudar na perda de peso e na melhora do funcionamento do sistema cardiovascular, resultados já conhecidos com a prática da atividade física.Qual o tipo de atividade física devo praticar?
Resp: A atividade física tem que respeitar a capacidade fisica e cardiovascular do paciente. Após terem sido observados esses aspectos, a atividade fisica tem que ser iniciada de maneira progressiva e sempre respeitando os limites individuais do paciente. A atividade fisica ideal tem que ser funcional sem deixar de ser PRAZEROSA!Quais os cuidados devo tomar ao realizar atividades físicas?
Resp: SEMPRE VERIFIQUE A GLICEMIA ANTES DE INICIAR A ATIVIDADE FISICA!O principal cuidado é com o nível de glicose no sangue. Nunca inicie uma atividade fisica se sua glicemia estiver abaixo de 70 mg/dl ou acima de 200 mg/ dl. Preste atenção às quedas de glicose, hipoglicemias, que podem ocorrer durante, logo após ou até mesmo horas após o término da pratica de atividades físicas.Converse sempre com seu médico pois poderá ser necessária uma adequação da dieta e dos remédios que estão sendo utilizados. FONTE: Buscasaúde
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Alho e cebola contra pedra na vesícula
A dupla seria capaz de reduzir a formação de cálculo biliar, sugere um estudo indiano publicado no periódicoBritish Journal of Nutrition. Realizado com roedores, o trabalho mostrou que o dueto aumenta a produção de duas enzimas responsáveis por derrubar naturalmente os níveis de colesterol. “E quase 80% das pedras na vesícula são formadas por esse tipo de gordura”, afirma Ricardo Abdalla, clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para chegar à conclusão, os cientistas compararam dois grupos de cobaias. Entre os animais alimentados com uma maior quantidade de alho e cebola, houve uma redução de até 30% na incidência dos cálculos.
FONTE: REVISTA SAÚDE
sábado, 3 de setembro de 2011
Azeite contra a osteoporose
Guarde bem este nome: oleuropeína. A substância, encontrada no azeite de oliva extravirgem, é a nova arma da nutrição para evitar e combater a osteoporose, doença que acelera a perda de massa óssea.
O cálcio que se cuide, porque seu posto solitário de melhor companheiro do esqueleto anda ameaçado. Calma, o mineral não vai perder seu lugar de destaque como protetor dos ossos — muito longe disso. A questão é que a ciência descobre fortes concorrentes para dividir com ele essa prestigiada posição. É o caso da oleuropeína, presente no azeite de oliva. Um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, revela que esse tipo de polifenol aumenta a quantidade de osteoblastos, células que fabricam osso novinho em folha. Consumi-la, portanto, traria imensas vantagens para manter o arcabouço do corpo em pé ao longo da vida.
“O tecido ósseo é dinâmico, destruído e construído constantemente”, explica o geriatra Rodrigo Buksman, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, em Brasília. Os osteoblastos ajudam justamente a realizar a reconstrução. É como se fossem a massa corrida colocada na parede para tapar os furos que aparecem com o tempo. Sem essas células, os buracos ficam maiores, os ossos se enfraquecem e cresce o risco de fraturas. O envelhecimento e a menopausa provocam uma queda na concentração de osteoblastos no organismo. Daí a importância da reposição desses construtores, que recebem um belo reforço com a inclusão do azeite de oliva extravirgem no dia a dia, a melhor fonte de oleuropeína. “Aos 30 anos nosso corpo atinge a quantidade máxima de massa óssea e, a partir daí, começa a perdê-la”, nota o ortopedista Gerson Bauer, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Por isso é que se diz que a prevenção da osteoporose se inicia muito antes da maturidade. “Essa doença se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea, o que torna os ossos mais frágeis e propensos às fraturas”, arremata a nutricionista Clarisse Zanette, mestre em ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Com o azeite, no mínimo, esse processo destrutivo demora mais tempo para ocorrer. E, se alguém quiser substituir sua fonte de oleuropeína de vez em quando, saiba que existe mais uma opção. “A substância também é fornecida pela azeitona, de onde o óleo é extraído”, diz Clarisse.
Não são apenas os ossos que se deliciam quando saboreamos um prato regado a azeite. O coração também se beneficia, porque suas veias e artérias ficam livres de entraves. “A gordura monoinsaturada, principal constituinte do óleo, interfere nos receptores do fígado que captam o colesterol circulante”, explica o cardiologista Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo. “Assim, há uma redução nas taxas da sua versão ruim, bem como de sua quantidade total.” Já os compostos fenólicos do azeite diminuem a oxidação do colesterol, processo crucial para a formação das placas que obstruem as artérias e causam as doenças cardiovasculares. “Esse poder se deve à sua intensa atividade antioxidante”, justifica a cardiologista Paula Spirito, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. “Esses compostos impedem que os radicais livres — moléculas que provocam danos às células — oxidem o colesterol e contribuam com o aparecimento de placas nos vasos.” A circunferência abdominal é outra que agradece o consumo do azeite. É que o alimento ajuda a evitar a inflamação de uma área do cérebro chamada hipotálamo, fenômeno provocado por dietas ricas em gorduras saturadas, presentes nas carnes e nos produtos de origem animal. Como o hipotálamo é o pedaço responsável pelo controle da fome e do gasto energético, não é um exagero dizer que o óleo de oliva auxilia a manter a harmonia na massa cinzenta e, assim, a afastar os quilos a mais. Além disso, ele acelera a produção de um hormônio chamado GLP 1, que age na cachola aumentando a saciedade e reduzindo o apetite.
A oleuropeína — voltamos a falar dela — tem participação no pelotão antiinflamatório. “Esse polifenol tem propriedades antioxidantes significativas, inibe a agregação de plaquetas e reduz a formação de moléculas inflamatórias em todo o corpo”, afirma a nutricionista Mércia Mattos, da Faculdade de Medicina de Marília, no interior paulista. Tantas propriedades se refletiriam em um menor risco de uma porção de males, entre eles infartos e derrames. Por falar em proteção, vale destacar, ainda, que esse antioxidante também resguarda as mitocôndrias, estruturas dentro das células responsáveis pela obtenção de energia — dessa forma, fica mais difícil uma célula se aposentar antes da hora.
“O tecido ósseo é dinâmico, destruído e construído constantemente”, explica o geriatra Rodrigo Buksman, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, em Brasília. Os osteoblastos ajudam justamente a realizar a reconstrução. É como se fossem a massa corrida colocada na parede para tapar os furos que aparecem com o tempo. Sem essas células, os buracos ficam maiores, os ossos se enfraquecem e cresce o risco de fraturas. O envelhecimento e a menopausa provocam uma queda na concentração de osteoblastos no organismo. Daí a importância da reposição desses construtores, que recebem um belo reforço com a inclusão do azeite de oliva extravirgem no dia a dia, a melhor fonte de oleuropeína. “Aos 30 anos nosso corpo atinge a quantidade máxima de massa óssea e, a partir daí, começa a perdê-la”, nota o ortopedista Gerson Bauer, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Por isso é que se diz que a prevenção da osteoporose se inicia muito antes da maturidade. “Essa doença se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea, o que torna os ossos mais frágeis e propensos às fraturas”, arremata a nutricionista Clarisse Zanette, mestre em ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Com o azeite, no mínimo, esse processo destrutivo demora mais tempo para ocorrer. E, se alguém quiser substituir sua fonte de oleuropeína de vez em quando, saiba que existe mais uma opção. “A substância também é fornecida pela azeitona, de onde o óleo é extraído”, diz Clarisse.
Não são apenas os ossos que se deliciam quando saboreamos um prato regado a azeite. O coração também se beneficia, porque suas veias e artérias ficam livres de entraves. “A gordura monoinsaturada, principal constituinte do óleo, interfere nos receptores do fígado que captam o colesterol circulante”, explica o cardiologista Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo. “Assim, há uma redução nas taxas da sua versão ruim, bem como de sua quantidade total.” Já os compostos fenólicos do azeite diminuem a oxidação do colesterol, processo crucial para a formação das placas que obstruem as artérias e causam as doenças cardiovasculares. “Esse poder se deve à sua intensa atividade antioxidante”, justifica a cardiologista Paula Spirito, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. “Esses compostos impedem que os radicais livres — moléculas que provocam danos às células — oxidem o colesterol e contribuam com o aparecimento de placas nos vasos.” A circunferência abdominal é outra que agradece o consumo do azeite. É que o alimento ajuda a evitar a inflamação de uma área do cérebro chamada hipotálamo, fenômeno provocado por dietas ricas em gorduras saturadas, presentes nas carnes e nos produtos de origem animal. Como o hipotálamo é o pedaço responsável pelo controle da fome e do gasto energético, não é um exagero dizer que o óleo de oliva auxilia a manter a harmonia na massa cinzenta e, assim, a afastar os quilos a mais. Além disso, ele acelera a produção de um hormônio chamado GLP 1, que age na cachola aumentando a saciedade e reduzindo o apetite.
A oleuropeína — voltamos a falar dela — tem participação no pelotão antiinflamatório. “Esse polifenol tem propriedades antioxidantes significativas, inibe a agregação de plaquetas e reduz a formação de moléculas inflamatórias em todo o corpo”, afirma a nutricionista Mércia Mattos, da Faculdade de Medicina de Marília, no interior paulista. Tantas propriedades se refletiriam em um menor risco de uma porção de males, entre eles infartos e derrames. Por falar em proteção, vale destacar, ainda, que esse antioxidante também resguarda as mitocôndrias, estruturas dentro das células responsáveis pela obtenção de energia — dessa forma, fica mais difícil uma célula se aposentar antes da hora.
Quando regamos o prato com azeite extravirgem, porém, não ganhamos apenas boas doses de oleuropeína. O tempero é uma ótima fonte de vitamina E. “Esse nutriente retarda o envelhecimento das células, diminuindo o risco de tumores e doenças do coração”, aponta a nutricionista Soraia Abuchaim, do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio Grande do Sul. O melhor é que, para desfrutar de tudo isso, bastam 2 colheres por dia. Mas tem que ser do tipo extravirgem, que concentra maiores teores da substância. De preferência, use-o em saladas e ao finalizar pratos quentes — o azeite não gosta de calor e, se for lançado ao fogo, perde grande parte de suas qualidades. E só o sabor, nesse caso, não basta, certo?
FONTE: Revista Saúde.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Um, dois, FEIJÃO COM ARROZ!
Juntos, eles formam uma proteína que faz toda a diferença para a sua saúde. A dupla também ajuda a equilibrar os níveis de glicose no sangue e é aliada da saúde bucal.
O que falta em um, o outro fornece e, assim, se completam. Unidos, oferecem uma excelente combinação protéica, conta a nutricionista Norka Beatriz Barrueto, professora da Universidade Estadual Paulista, a Unesp.
Os grãos de arroz contêm metionina, e os feijões, lisina. Esses nomes esquisitos são pedacinhos de proteína ou, na linguagem dos especialistas, aminoácidos. Quando estão juntos, são muito mais eficientes na reparação de tecidos do organismo inteiro. Tal performance é rara de ver entre os vegetais. Geralmente são alimentos de origem animal, como as carnes, que apresentam esse perfil protéico, diz a cientista de alimentos Priscila Zaczuk Bassinello, da Embrapa Arroz e Feijão, que fica em Santo Antônio de Goiás. A dica é botar no prato uma concha de feijão para meia escumadeira de arroz. Essa é a proporção precisa, do ponto de vista químico.
A união também equilibra o índice glicêmico. Enquanto o arroz sozinho, principalmente o polido, pode disparar as taxas de açúcar e insulina na circulação, o feijão tem o poder de brecar esse efeito, o que mantém a glicose estabilizada. A mistura é, portanto, bem-vinda para manter a glicemia em níveis adequados e diminuir o risco do diabete. Sem falar que, por não mandar o açúcar às alturas de uma hora para outra, proporciona saciedade.
Outro fruto da parceria, e que talvez seja o mais inusitado, foi descoberto na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior de São Paulo, mais precisamente da Faculdade de Odontologia, que fica em Piracicaba, outra cidade paulista. Lá, cientistas dosaram a retenção de flúor no arroz e no feijão preparados em casa e observaram que eles seguram excelentes teores do mineral após o cozimento. Segundo o dentista Jaime Cury, líder da pesquisa, um bom prato de arroz e feijão aumenta a concentração da substância na saliva, o que diminui a desmineralização dos dentes e protege contra as cáries.
FONTE: Revista Saúde
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